quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Um lugar


Eu não sou só drama, não sou só frases tristes e nem sou só decepção. Eu sou dias de risos também, sou Sol e gosto do Sol. Sou dança e música, pois eu adoro música e gosto de cantar bem alto com os olhos fechados. Só que canto para mim, só pra mim e por vezes fico com vergonha de cantar para alguém, aí eu canto baixinho, ouve quem quer ouvir. Sou abraço também e filme de comédia. Sou louca, dessas que não tem certeza, dessas que fala muito e que troca de assunto sem nem perceber. Sou montanha russa. Sou contraditória.

Por esses dias tenho sido tranquilidade e tenho amado viver cada dia. E cada dia tem tido lá sua dose de importância. Acho que deve ser assim. Eu tenho sido compreensão também, das grandes, e venho consolando as minhas próprias tristezas. O meu coração anda bem, continua com o tum tum costumeiro. Ele quer brincar. Sabe o vazio? Não existe mais. É que alguns espaços estão ocupados e eu tenho tido mais cuidado com cada canto. Afinal, é tudo meu e sou eu.

Eu sou as minhas escolhas, e ando dizendo não quando quero. Estou tentando me respeitar. Algumas pessoas não fazem isso por mim, então procuro fazer pelos dois. Eu digo sim também, digo sorrindo, querendo até o fim do fio do meu cabelo (que agora tem as pontas loiras). Gosto de dizer sim, gosto das oportunidades e de pensar que posso morar em algum mundo que não seja o meu. Que talvez seja o seu.

Acho que estou procurando um lugar para morar: que tenha flores, água tratada, portas abertas, os móveis até podem ser velhos, mas que, por favor, que caibam todas as roupas que quero guardar, inclusive os objetos e as fotos. Que seja aconchegante, que tenha um sofá em que eu possa dormir nas madrugadas. E o principal, que tenha espaço onde eu possa construir. 

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